Bacula – Parte 1 – Instalação e configuração do servidor de backup

INTRODUÇÃO

De acordo com a ISO/IEC 27002:2013 diz no item 12.3.1, convém que cópias de segurança das informações, softwares e das imagens do sistema, sejam efetuadas e testadas regularmente conforme a política de geração de cópias de segurança definida.

Este artigo tem como intuito explicar a instalação e configuração do Bacula apenas na máquina local. Assim que possível será diponibilizado novos artigos referente ao assunto, explicando como adicionar máquinas Windows e Linux, assim como configurações com sistemas de backup em nuvens e outras. Recomendo a leitura ou o treinamento da ferramenta com o escritor do livro Bacula ferramenta livre de backup, autor Heitor Medrado de Faria (http://www.bacula.com.br) da editora BRASPORT.

Será utilizado o Virtual Box com a distribuição Debian 8 (Jessie) com 512MB e um disco de 20GB. Não será abordado neste artigo a instalação do mesmo. Saliento que para um sistema de backup, é recomendavél que não se utilize máquina virtual, logo, recomendo um servidor físico dedicado a somente a este fim. Acredite já fiz o teste com ele virtualizado e o desempenho é fraco.

BACULA

Bacula é uma solução de backup empresarial multi-plataforma desenvolvida sob a licença GPL (open source). É robusta, cheia de recursos e modular – se adequando a redes de qualquer tamanho e qualquer topologia. Ferramenta de backup mais usada no Brasil, e a 3ª mais usada no mundo. (Fonte: http://www.bacula.com.br/)

ARQUIVOS DE CONFIGURAÇÃO

O Bacula possui 4 arquivos de configuração, onde cada um é responsável por uma determinada tarefa. São eles:

• bacula-dir
• bacula-sd
• bacula-fd
• bconsole.conf

BACULA-DIR

O arquivo Bacula Director (bacula-dir.conf) é o arquivo principal do sistema de backup. Ele é o coração de todos os sistema, onde irá comunicar com os demais arquivos de configuração.
Dentro do arquivo de configuração bacula-dir iremos definir a maioria das configurações de backup. Tais configurações são:

• Configuração dos clientes.
• Configuração dos storages.
• Configuração das pools.
• Configuração dos file sets.
• Configuração de retenção.
• Configuração de schedule.

A figura a baixo explica as configurações que poderão ser realizadas dentro do arquivo de configuração bacula-dir.conf (Fonte: http://www.bacula.com.br/diagrama-opcoes-do-director-bacula-dir-conf/).

BACULA-SD

O arquivo Bacula Storage Daemon (bacula-sd.conf) é o arquivo de configuração onde são definidos os storages, sendo assim, iremos definir nele configurações de armazenamento do backup.

BACULA-FD

O arquivo Bacula File Daemon (bacula-fd.conf) é o arquivo de configuração responsável por “pegar” as informações dos computadores e encaminhar para o Storage Daemon.

BCONSOLE

É a ferramente de acesso e administração do sistema de backup Bacula.

INSTALAÇÃO DO BANCO DE DADOS

A seguir serão apresentadas as etapas para a instalação do banco de dados que o Bacula irá utilizar para armazenar as informações. Ao acessar o servidor, execute as seguintes linhas de comando abaixo:

# apt-get update

# apt-get upgrade

# apt-get install postgresql

Digite a letra “S” para que a instalação possa continuar. Ao finalizar a instalação será apresentada a tela de que o serviço esta rodando perfeitamente, conforme a imagem a baixo.

Neste momento daremos inicio a instalação e configuração do Bacula.

Execute o seguinte comando para instalar os pacotes do bacula.

# apt-get install bacula-director-pgsql bacula-sd-pgsql bacula-fd bacula-console bacula-console-qt

Digite a letra “S” para que a instalação dos pacotes sejam iniciados.

Na tela a seguir, será exibido SGDBs instalados em seu computador. Neste caso, só foi reconhecido um. Selecione “Sim” e pressione “<Enter>” para que o Postgree seja utilizado para ser o SGDB padrão do bacula.

Na tela a seguir, defina uma senha para o banco de dados. Não deixar em branco.

Será solicitado que você confirme a senha digitada, conforme a figura a seguir.

Após a instalação do Bacula, teremos que realizar configurações no arquivo de configuração de resolução de nomes.

# vim /etc/hosts

Adicionar o endereço e nome do servidor Bacula:

10.0.0.103 frankenstein1

Comentar as seguintes linhas

127.0.0.1 localhost
127.0.1.1 frankenstein1

É recomendável que seja realizado o backup dos arquivos de configuração do Bacula. Os mesmo poderão ser utilizados como forma de consulta.

# cd /root

# mkdir bacula-bkp

# cd bacula-bkp

# cp -rp /etc/bacula/* .

Para verificar se o Bacula esta funcionando perfeitamente execute as seguintes etapas.

# bconsole

Em seguida vamos verificar versão instalada do Bacula.

* version

A versão instalada inicialmente é a 5.2.6. Será disponibilizado outro artigo, onde será abordada a atualização do Bacula, com a versão mais atualizada, conforme o site: http://bacula.org/.

Atualmente o Bacula encontrasse na versão 7.

Para sair do bconsole digite a letra “q” em seguida pressione <Enter>.

AJUSTES NO BACULA-DIR

Agora iremos iniciar a configuração do bacula-dir.conf. Lembrando que este é o arquivo responsável por se comunicar com os demais arquivos de configuração e com os clientes.
Execute as seguintes linhas para iniciar as configurações:

# cd /etc/bacula

# vim bacula-dir.conf

A linha 24 (DirAddress) deverá ser removida, senão o Bacula não irá se comunicar com as demais máquinas na rede.

Espero que tenham gostado do post, enquanto o próximo da série não sai nos ajude assinando nossa Newsletter e nossos principais canais nas principais redes Sociais. Para quem chegou até aqui nós temos um código de desconto de 30% do nosso parceiro BRASPORT, serve de incetivo para comprar esse livro :-) anote aí o código promocional mti0115